Sunday, February 01, 2015

Je suis Charlie!


Quase três semanas se passaram, desde o ataque ao jornal "Charlie Hebdo"...
Depois de tudo o que se disse, de tudo o que se debateu sobre as motivações que levam ao ódio da liberdade de expressão, é tempo de reflexão, sem dúvida.
Habitualmente, leio e escuto atentamente o que se diz nos meios de Comunicação Social e, quer goste ou não goste, quando se trata de temas tão terríveis, polémicos ou tão controversos como este, gosto de fazer um juizo mais cuidado e, sobretudo, mais pessoal.
É o meu juizo, e vale o que vale para o resto do Mundo, "I know"..., mas para mim é, realmente, importante.
Dizem que a curiosidade matou o gato (neste caso a gata, eheheheh...) mas, mesmo assim, não descansei enquanto não encontrei um exemplar da dita publicação, tarefa difícil mas, consegui-o e de forma, absolutamente, inesperada.
Quase nem queria acreditar..."Quem tudo quer, tudo alcança!"
Não vos soa? A mim soa-me, bem...
Era fundamental, para mim, avaliar o conteudo da publicação, fazer a minha própria avaliação do design e, também, do nível de ousadia do discurso animado.
Sinceramente, a minha primeira reação foi...
"Já vi este tipo de design, em algum lugar... I wonder where?"
Pensei, pensei, pensei et voilá..., de repente fez-se luz.
"Já sei! "A Gaiola Aberta", de José Vilhena, claro!
Os desenhos, a forma picante como alguns dos cartoons são construidos, o humor aguçado, a rondar o incómodo e o rosqueiro, as expressões, o traços, ...
Até percebo que incomode as mentes mais fechadas e mais conservadoras mas, nada justifica matar em nome da moral e dos bons costumes (qualquer que seja a crença moral ou religiosa) e, sobretudo, nada justifica a censura e a luta feroz à liberdade de expressão, através da crueldade e da intimidação.
Para além de tudo isso, o lápis e a caneta, também, são nobres formas de Arte!
Pode ser uma visão mais simplista mas, é a que me ocorre de momento, ao percorrer com um sorriso aberto, a edição especial do "Charlie Hebdo".

Abaixo a censura! Viva a LIBERDADE!

Beijos,
da Princesa! (Ser ou sentir-me livre, é das melhores sensações que conheço!)

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