Wednesday, January 04, 2012

56% da Jerónimo Martins vão para uma subsidiária da Holanda...

E quando se afirma "os ricos que paguem a crise" só estamos mesmo a falar de "desejos" e não de "realidades". De facto, quem sempre pagou as crises dos países não foram os ricos, mas os pobres e os remediados.
A deslocação da sede social da Jerónimo Martins para a Holanda é uma verdadeira prova disso e, também, um comprovativo da imbecilidade dos nossos "sábios" ministros das Finanças e da Economia, dado que estamos agora perante um caso real de desigualdades no pagamento de IRC.
A Jerónimo Martins, dona dos supermercados Pingo Doce, com esta medida "patriótica" da autoria de Francisco Manuel dos Santos (o moralista da paróquia), ao passar 56% para a Holanda, contribui para um pagamento muito inferior de IRC no seus país de origem, Portugal, país que o ajudou a ele e o Grupo JM a ter a dimensão e a importância que tem hoje.
Se é fundamental que todas as empresas estejam focadas na recuperação do país, numa mesma igualdade fiscal, não se pode aceitar de bom grado o facto de um dos maiores grupos económicos do país, transferir a sua sede social para um país estrangeiro e, que por isso, ter como prémio pagar menos do que as outras empresas portuguesas.
Hoje, pela primeira vez, depois de meses de entrevistas e de discursos presunçosos vi o Ministro das Finaças e o Primeiro Ministro, dizerem que não tinham declarações a fazer sobre o caso JM, escondendo a cara aos jornalistas que os cercavam, curiosos..., e sedentos de "sangue".
Estou de acordo, desta vez, com Francisco Louçã, que apelidou hoje de "mesquinha" a decisão da Jerónimo Martins e recordou algo que estamos todos tentados a esquecer: "19 das 20 empresas do PSI20" já fizeram o mesmo.
Incrível não é?
Por mim, já decidi..., nem mais uma compra no "Pingo Doce"!
Os holandeses que lhes comprem os produtos, já que vão ficar com a melhor fatia dos impostos!
Tenho dito!

Beijos,
da Princesa!

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