Wednesday, November 02, 2011

Trovante, no Coliseu de Lisboa










Um concerto ternurento, bem disposto, descontraído, como se de um encontro de amigos se tratasse.
Passados 20 anos daquele concerto memorável, neste mesmo espaço, que anunciava o fim do "Trovante", ali estava eu, de novo, a emocionar-me com as músicas e as canções de sempre, que nos ficaram na memória e no coração.
Um espaço mágico, uma banda mágica, constituida por grandes intérpetres e musicos de eleição:
José Martins, José Salgueiro (Meu querido Zé és um musico do "Outro Mundo" e essa tua costela de "clown" fica-te a matar... a cena do cão amestrado é, simplesmente, impagável e hilariante! Adoro ver-te e ouvir-te tocar, uma expressividade fantástica e linda! Que os Deuses te conservem essa Alma de Artista, com letras muitos GRANDES!), João Nuno Represas, Manuel Faria, Fernando Júdice, Luís Represas (emocionado e sem os "pedantismos" habituais... só te ficou bem!) , Artur Costa e João Gil!!!!
Malta!!! Alguns já estão um pouco "ginbras" mas... só de aspecto! Continuam a tocar p'ra "caraças"!!!!
E como diz Daniela Azevedo, de forma sentida, no "Cotonete" - http://cotonete.clix.pt/noticias/body.aspx?id=48855 -:
"Por entre muitas memórias inesquecíveis e cujas emoções nos voltam como pedaços um filme refeitos aos poucos, durante concerto, mais músicas se destacam: 'Xácara das Bruxas Dançando', 'Travessa do Poço dos Negros' e 'Molinera' do álbum "84" lançado nesse mesmo ano.
Entretanto, Luís Represas, verbaliza aquilo que cada um de nós já sentiu e já pensou para si mesmo durante esta noite:
«Somos, talvez, o livro de memórias de nós próprios que é muito bom de abrir de vez em quando. Chegámos a pensar não o abrir mais mas ainda bem que o fizemos». E desse livro de memórias há mais páginas ainda por desfolhar... 'Perdidamente', 'Saudade', 'Balada das Sete Saias' e 'Fizeram os Dias Assim'. Não faltou nada antes de todo o Coliseu cantar desde a primeira palavra o já merecido, importante, melódico, cheio de significados, '125 Azul'.
E é assim, completamente envoltos neste espírito do período "pós-trovantismo", como é definido, que a banda se volta a dirigir aos «que nos acompanham há mais tempo» para abrir o encore com 'Chão Nosso', do álbum de estreia, homónimo, que em 1977 aliava uma forte componente política à música tradicional portuguesa.
A saída do Coliseu faz-se com as lágrimas nos olhos a confundirem-se com a chuva que apanhou centenas de pessoas desprevenidas a caminho do feriado. É que 'Timor' não deixa ninguém indiferente. Muito menos os muitos que, a par de Luís Represas, levaram a peito a luta pela causa timorense: a independência e paz do território."

Gostaría de estar no Coliseu de Lisboa, daqui a 20 anos!

Beijos,
da Princesa!

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